Esta dinâmica “Autógrafo” pode ser aplicada com crianças, adultos ou adolescentes, sem que se altere o conteúdo moral implícito em sua mensagem.
Objetivos: É evidente que esse conteúdo não deve ser explicado
pelo monitor e sim ser produto de ampla e muitas vezes longa discussão, após a
aplicação da técnica. Seu fundamento moral vale-se do choque que provoca
ao se verem seus integrantes plenamente mergulhados em uma competição
egocêntrica que se opõe a um sentimento de solidariedade. Ao terminar a
aplicação da técnica, os participantes percebem que intuitivamente entraram em
choque competitivo, rejeitando um sentimento de solidariedade que afinal, é a
mensagem mais forte de todo propósito de sensibilização.
Material: Folha de papel em branco, lápis ou caneta.
Metodologia: O instrutor distribui a cada participante uma folha
de papel em branco e pede ao mesmo que anote, ao alto, seu nome ou apelido
qualquer que aceita com naturalidade. Verifica se todos os participantes
possuem lápis ou caneta. Solicita a seguir que tracem um retângulo ao redor do
nome. A vista aos participantes que terão dois minutos para cumprir a tarefa de
colher autógrafos, pedindo que os demais assinem seus nomes de forma legível em
sua folha. Avisa também que, esgotado o tempo, todos deverão ter suas folhas em
mãos. Inicia a atividade e marca o tempo. Nesse momento é natural a formação de
verdadeira balbúrdia, com todos os membros buscando rapidamente obter o maior
número possível de autógrafos, ainda que tal ordem não tenha sido passada nem o
monitor tenha colocado qualquer proposta de prêmio ou vitória por essa conquista.
Passados os dois minutos interrompe a atividade e solicita que todos os
participantes confiram o número de autógrafos legíveis obtidos. Pergunta a cada
um deles o número obtido e informa à classe ou ao grupo os três primeiros
resultados. Inicia a discussão da técnica, indagando inicialmente se haveria
algum valor em atribuir-se qualquer destaque novo a prova de solidariedade aos
participantes que mais autógrafos tivessem obtido. Receberá, quase que unânime,
a resposta negativa. Indaga, então, se alguma forma a técnica se prestaria para
identificar alguma solidariedade, pois não é difícil muitos perceberem que há
muito egocentrismo na obtenção do autógrafo, mas não em sua doação.
Conclusão: Embora todos se mostrassem ávidos em obterem autógrafos, tiveram que também oferecer o seu, como alternativa para o recebimento. Não demorará muito e o grupo será levado a perceber que a mensagem da técnica é ensinar que toda conquista pressupõe doação, e que sem a ajuda de nossa espontaneidade pouco pode ser obtido.
Abraços,
Sheyla Bernardes!
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