A história da educação parte da história da cultura,
que por sua vez faz parte da história geral. Em cada tempo/espaço histórico, a
educação atendeu a determinados objetivos, que correspondiam a visões de homem
e de mundo. Para compreender a história da educação, é essencial situá-la na
história geral.
Educação
Primitiva: Historiadores inferem que
a educação entre os grupos primitivos ocorria de forma espontânea. A observação
de fenômenos metereológicos, alguns rituais sagrados e a preparação para a
guerra, com o passar dos séculos, passaram a fazer parte da educação dos
jovens, que para isso precisavam ser treinados.
Educação
Oriental: Destaque: Surgimento da Escrita,
transição da sociedade primitiva para a civilizada e surgimento da cidade e do estado.No Egito,
as crianças frequentavam a escola a partir dos 6 ou 7 anos, sendo as escolas
elementares (ler, escrever e contar).
A educação entre os hebreus, baseada nos livros
sagrados (Tora e Talmud) tinha duração de 10 anos (dos 8 aos 18 anos).
Entre os hindus, a educação era privilégio das
castas superiores, embora não fossem comuns as escolas. Geralmente os pais eram
responsáveis pela educação dos filhos, como base nos textos Vedas.
Na China, a educação era tradicional: dividida
em classes, opondo cultura e trabalho, organizada em escolas fechadas e
separadas para a classe dirigente, ou seja, grande parte da comunidade foi
excluída da escola e restringida à educação familiar informal.
Educação
Clássica: Desenvolvida entre os séculos V
a. C. e V d. C., diz respeito a educação ocidental, e compreende Roma e Grécia.
A educação grega teve quatro períodos: heróica (poemas
homéricos); cívica (Atenas e Esparta); clássica/humanista (Sócrates, Platão e Aristóteles)
e helenística/enciclopédica (cultura Alexandrina). Cada período tem
características próprias.
A educação romana teve três principais períodos:
heróico-patricia (V – III a. C.); de influencia helênica (III – I a. C.); e
Imperial (I a. C. – V d. C.). Embora sejam bastante parecidas, cultura e
educação grega e romana possuíam pontos de divergência significativos.
Educação
Medieval: Se desenvolve na época em que o
cristianismo alcança toda a Europa (V – XV d. C.). O caráter é essencialmente
religioso, dogmático, predominando matérias abstratas, literárias, com prejuízo
a educação intelectual e científica. É empregado o uso do latim como língua
única.
Educação Humanística:
Após o século XV, período da Renascença, é criada
a educação humanista, uma nova versão do conhecimento greco-romano. A
disciplina e autoridade até então predominantes deixam espaço ao
desenvolvimento do pensamento livre e crítico. As matérias científicas retornam
ao currículo, embora ainda em segundo plano. Surge o colégio humanista (escola
secundária), onde são estudados o latim e o grego. Os exercícios físicos são
valorizados.
Educação Cristã
reformada: Resultado da
Renascença, no século XVI surge a reforma religiosa, e como resultado, uma
educação cristã reformada, tanto católica, como protestante. A educação católica
pós renascença, foi marcada por um movimento conhecido por Contra-reforma.
Educação
realista: Com base na filosofia e nas
ciências de Galileu, Copérnico, Newton e Descartes, as
chamadas ciências novas, a educação realista dá inicio aos métodos da educação
moderno.
Educação
Naturalista: Com base nas ideias
de Jean-Jacques Rousseau, a educação naturalista teve influência decisiva
a educação moderna. Para Rousseau, são pressupostos para a educação: a
liberdade, a atividade pela experiência, a diferença entre a mente da criança e
do adulto (a criança deixou de ser vista como um adulto em miniatura, e passou
a ser vista como um ser em desenvolvimento), enfim, uma educação integral,
que atenda aos aspectos físicos, intelectuais e morais. No entanto, para
Rousseau, para cada aluno deveria haver apenas um educador.
Educação
Nacional: Ideia originada com
a Revolução francesa, no século XVIII, a educação nacional pressupôs a
responsabilidade do Estado para o estabelecimento da escola primária universal,
gratuita e obrigatória, com vistas a formação da consciência patriótica.
Atualmente: Hoje, fala-se em educação democrática, pois se
pressupõe que, na grande maioria dos países ao menos a educação primária já
seja universal, gratuita e obrigatória.
E no Brasil? Vamos analisar uma linha o tempo para facilitar o
aprendizado.
1500 Inicio: Quando chegaram a Costa da Bahia os portugueses
descobrem que os pequenos índios, principalmente entre os TUPI-GUARANI, são
instruídos por adultos, como pai, tio, avô. Em algumas tribos o Pajé é o
responsável pelos valores culturais.
1549 – Educação
Pela Fé: Os primeiros Jesuitas chegam ao
Brasil em missão civilizatória de converter os índios a fé católica. O ensino é
realizado em casas de taipa, anexos das aldeias com algumas liberdades, essas
são as primeiras escolas.O nomadismo da cultura indígena atrapalha um pouco a
educação.
1564 – Primeiro
colégio para branco: A Educação nas
aldeias continuam, porem surge a primeira escola para brancos na Bahia, mais
estruturada que as escolas de índios recebem órfãos portugueses, filhos da
elite em regime de internato. Depois e 11 anos e estudos, os estudantes devem
estudar ensino superior além-mar pois não há ensino superior, mas poucos faziam
isso.
1599 – Pedagogia
Jesuíta é consolidada: Método:
Repetição, memorização e provas periódicas os alunos deviam copiar no caderno
as informações repassadas pelo professor.
1759 – Pombal
expulsa os Jesuítas: O marques de Pombal
que comanda Portugal de 1750 a 1777, expulsa os jesuítas do império português,
pretendendo com isso reduzir a influencia do grupo.
1760 – O estado
é responsável pela educação: Pela
primeira vez a educação é organizada pelo Estado. Os professores são pagos pelo
governo, que determina a proibição de utilização de livros jesuítas e já cobra
impostos e faz lei. Estudam nas escolas,
filhos de fazendeiros, senhores de engenho, farmacêutico, militares e outras
autoridades.
1827 – Uma
revolução nas Escolas: A Primeira lei
geral de ensino cria escolas nas vilas e cidades mais populosas, dando acesso
também as meninas. No método de ensino: o ensino mutuo, no qual o professor
orienta os melhores alunos, que posteriormente repassam para 10 alunos. A
repetição e memorização utilizada pelos jesuítas continuam. Também foi criada
as primeiras universidades do Brasil: Direito em São Paulo e Olinda
1874- Ordem e
Progresso: Ideias de
positivismo, do cientificismo e do movimento republicano, circulam a influencia
da educação. Escolas Laicas e particulares são criadas, além dos colégios
feminino e protestante.
1883 – Escolas
técnicas: O auge do desenvolvimento da
lavoura surge a escola técnica, com o objetivo de qualificar trabalhadores para
atender a indústria
1895- O primeiro
Jardim: A Escola Normal de São Paulo, que
deveria se modelo de inovação didática, ganha o primeiro Jardim de Infância
publico do Brasil.
1920 – O Aluno é
o centro das atenções: Surgi a Nova
Escola, movimento para reinventar a escola a partir dos conhecimentos
produzidos pela psicologia, biologia entre outras ciências. Para isso defende a
adoção de novos métodos e reforma dos currículos escolares. O conhecimento deve
ser mais interessante e estar próximo da realidade do aluno
1932 – Anísio
Teixeira e a Escola Nova: Anísio Teixeira
e outras personalidades assim o Manifesto da Escola Nova, que defende a
universalização da escola publica, laica e gratuita e mudanças nas praticas e
saberes pedagógicos, como a valorização da experiência da criança.
1962 – Ler para
aprender o mundo: Objetivo capacitar o
povo brasileiro para uma participação ativa na vida social e política do pais.
A experiência mais bem sucedida foi de Paulo Freire. Assim recebeu um convite
do governo para reformular a educação e jovens e adultos no país.
1988- Quantos
estão fora da Escola: A nova
constituição federal obriga a União e estados a aplicar, respectivamente 18% e
25% da receita em educação.
1996 – LDB – Lei
de Diretrizes e Bases: É promulgada a
nova lei e diretrizes e bases (LDB) e o ministério de educação e cultura edita
os Parâmetros Curriculares Nacionais
1998 –
Avaliações: O Enem é criado para
avaliar os conceitos aprendidos pelos estudantes do Ensino Médio. Junto com o
SAEB e a prova Brasil entre outros, estabelece uma cultura de avaliação do
Brasil.
2004 –
Universidade para todos: O PROUNI –
programa de Universidade para todos, vincula a concessão de bolsas em
faculdades e universidades brasileiras ao desempenho do Enem, popularizando o
exame.
2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação: O governo brasileiro lança
o PDE – Plano de desenvolvimento da educação, que inclui um diagnóstico detalAbraços!!
Sheyla Bernardes!
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