terça-feira, 5 de maio de 2015

Vamos entender um pouco da História da Educação



A história da educação parte da história da cultura, que por sua vez faz parte da história geral. Em cada tempo/espaço histórico, a educação atendeu a determinados objetivos, que correspondiam a visões de homem e de mundo. Para compreender a história da educação, é essencial situá-la na história geral.

Educação Primitiva: Historiadores inferem que a educação entre os grupos primitivos ocorria de forma espontânea. A observação de fenômenos metereológicos, alguns rituais sagrados e a preparação para a guerra, com o passar dos séculos, passaram a fazer parte da educação dos jovens, que para isso precisavam ser treinados.
Educação Oriental: Destaque: Surgimento da Escrita, transição da sociedade primitiva para a civilizada e  surgimento da cidade e do estado.No Egito, as crianças frequentavam a escola a partir dos 6 ou 7 anos, sendo as escolas elementares (ler, escrever e contar).
A educação entre os hebreus, baseada nos livros sagrados (Tora e Talmud) tinha duração de 10 anos (dos 8 aos 18 anos).
Entre os hindus, a educação era privilégio das castas superiores, embora não fossem comuns as escolas. Geralmente os pais eram responsáveis pela educação dos filhos, como base nos textos Vedas.
Na China, a educação era tradicional: dividida em classes, opondo cultura e trabalho, organizada em escolas fechadas e separadas para a classe dirigente, ou seja, grande parte da comunidade foi excluída da escola e restringida à educação familiar informal. 
Educação Clássica: Desenvolvida entre os séculos V a. C. e V d. C., diz respeito a educação ocidental, e compreende Roma e Grécia.
A educação grega teve quatro períodos: heróica (poemas homéricos); cívica (Atenas e Esparta); clássica/humanista (Sócrates, Platão e Aristóteles) e helenística/enciclopédica (cultura Alexandrina). Cada período tem características próprias.
A educação romana teve três principais períodos: heróico-patricia (V – III a. C.); de influencia helênica (III – I a. C.); e Imperial (I a. C. – V d. C.). Embora sejam bastante parecidas, cultura e educação grega e romana possuíam pontos de divergência significativos.
Educação Medieval: Se desenvolve na época em que o cristianismo alcança toda a Europa (V – XV d. C.). O caráter é essencialmente religioso, dogmático, predominando matérias abstratas, literárias, com prejuízo a educação intelectual e científica. É empregado o uso do latim como língua única.
Educação Humanística: Após o século XV, período da Renascença, é criada a educação humanista, uma nova versão do conhecimento greco-romano. A disciplina e autoridade até então predominantes deixam espaço ao desenvolvimento do pensamento livre e crítico. As matérias científicas retornam ao currículo, embora ainda em segundo plano. Surge o colégio humanista (escola secundária), onde são estudados o latim e o grego. Os exercícios físicos são valorizados.
Educação Cristã reformada: Resultado da Renascença, no século XVI surge a reforma religiosa, e como resultado, uma educação cristã reformada, tanto católica, como protestante. A educação católica pós renascença, foi marcada por um movimento conhecido por Contra-reforma.
Educação realista: Com base na filosofia e nas ciências de Galileu, Copérnico, Newton e Descartes, as chamadas ciências novas, a educação realista dá inicio aos métodos da educação moderno.
Educação Naturalista: Com base nas ideias de Jean-Jacques Rousseau, a educação naturalista teve influência decisiva a educação moderna. Para Rousseau, são pressupostos para a educação: a liberdade, a atividade pela experiência, a diferença entre a mente da criança e do adulto (a criança deixou de ser vista como um adulto em miniatura, e passou a ser vista como um ser em desenvolvimento), enfim, uma educação integral, que atenda aos aspectos físicos, intelectuais e morais. No entanto, para Rousseau, para cada aluno deveria haver apenas um educador.
Educação Nacional: Ideia originada com a Revolução francesa, no século XVIII, a educação nacional pressupôs a responsabilidade do Estado para o estabelecimento da escola primária universal, gratuita e obrigatória, com vistas a formação da consciência patriótica.
Atualmente: Hoje, fala-se em educação democrática, pois se pressupõe que, na grande maioria dos países ao menos a educação primária já seja universal, gratuita e obrigatória.

E no Brasil? Vamos analisar uma linha o tempo para facilitar o aprendizado.

1500 Inicio: Quando chegaram a Costa da Bahia os portugueses descobrem que os pequenos índios, principalmente entre os TUPI-GUARANI, são instruídos por adultos, como pai, tio, avô. Em algumas tribos o Pajé é o responsável pelos valores culturais.
1549 – Educação Pela Fé: Os primeiros Jesuitas chegam ao Brasil em missão civilizatória de converter os índios a fé católica. O ensino é realizado em casas de taipa, anexos das aldeias com algumas liberdades, essas são as primeiras escolas.O nomadismo da cultura indígena atrapalha um pouco a educação.
1564 – Primeiro colégio para branco: A Educação nas aldeias continuam, porem surge a primeira escola para brancos na Bahia, mais estruturada que as escolas de índios recebem órfãos portugueses, filhos da elite em regime de internato. Depois e 11 anos e estudos, os estudantes devem estudar ensino superior além-mar pois não há ensino superior, mas poucos faziam isso.
1599 – Pedagogia Jesuíta é consolidada: Método: Repetição, memorização e provas periódicas os alunos deviam copiar no caderno as informações repassadas pelo professor.
1759 – Pombal expulsa os Jesuítas: O marques de Pombal que comanda Portugal de 1750 a 1777, expulsa os jesuítas do império português, pretendendo com isso reduzir a influencia do grupo.
1760 – O estado é responsável pela educação: Pela primeira vez a educação é organizada pelo Estado. Os professores são pagos pelo governo, que determina a proibição de utilização de livros jesuítas e já cobra impostos e faz lei.  Estudam nas escolas, filhos de fazendeiros, senhores de engenho, farmacêutico, militares e outras autoridades.
1827 – Uma revolução nas Escolas: A Primeira lei geral de ensino cria escolas nas vilas e cidades mais populosas, dando acesso também as meninas. No método de ensino: o ensino mutuo, no qual o professor orienta os melhores alunos, que posteriormente repassam para 10 alunos. A repetição e memorização utilizada pelos jesuítas continuam. Também foi criada as primeiras universidades do Brasil: Direito em São Paulo e Olinda
1874- Ordem e Progresso: Ideias de positivismo, do cientificismo e do movimento republicano, circulam a influencia da educação. Escolas Laicas e particulares são criadas, além dos colégios feminino e protestante.
1883 – Escolas técnicas: O auge do desenvolvimento da lavoura surge a escola técnica, com o objetivo de qualificar trabalhadores para atender a indústria
1895- O primeiro Jardim: A Escola Normal de São Paulo, que deveria se modelo de inovação didática, ganha o primeiro Jardim de Infância publico do Brasil.
1920 – O Aluno é o centro das atenções: Surgi a Nova Escola, movimento para reinventar a escola a partir dos conhecimentos produzidos pela psicologia, biologia entre outras ciências. Para isso defende a adoção de novos métodos e reforma dos currículos escolares. O conhecimento deve ser mais interessante e estar próximo da realidade do aluno    
1932 – Anísio Teixeira e a Escola Nova: Anísio Teixeira e outras personalidades assim o Manifesto da Escola Nova, que defende a universalização da escola publica, laica e gratuita e mudanças nas praticas e saberes pedagógicos, como a valorização da experiência da criança.
1962 – Ler para aprender o mundo: Objetivo capacitar o povo brasileiro para uma participação ativa na vida social e política do pais. A experiência mais bem sucedida foi de Paulo Freire. Assim recebeu um convite do governo para reformular a educação e jovens e adultos no país.
1988- Quantos estão fora da Escola: A nova constituição federal obriga a União e estados a aplicar, respectivamente 18% e 25% da receita em educação.
1996 – LDB – Lei de Diretrizes e Bases: É promulgada a nova lei e diretrizes e bases (LDB) e o ministério de educação e cultura edita os Parâmetros Curriculares Nacionais
1998 – Avaliações: O Enem é criado para avaliar os conceitos aprendidos pelos estudantes do Ensino Médio. Junto com o SAEB e a prova Brasil entre outros, estabelece uma cultura de avaliação do Brasil.
2004 – Universidade para todos: O PROUNI – programa de Universidade para todos, vincula a concessão de bolsas em faculdades e universidades brasileiras ao desempenho do Enem, popularizando o exame.
2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação: O governo brasileiro lança o PDE – Plano de desenvolvimento da educação, que inclui um diagnóstico detal

Abraços!!

Sheyla Bernardes!

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