Os velhos mestres das artes marciais reviraram-se no caixão
nesta ultima madrugada, tiveram o desprazer de ver o Messi do MMA apanhar da
forma mais ridícula da categoria. Anderson Silva, herói brasileiro, que tanto
se calou as provocações de Chael Sonnen dessa vez parecia o próprio no octógono,
cena vergonhosa, nosso “gladiador” (como diz o centenário Galvão Bueno) pedido
para que o focado adversário o acertasse forte, em muitos momentos fingindo
estar tonto com os leve Jebs que de quando em vez entravam em sua guarda,
guarda? Mas que guarda, o que a maioria dos telespectadores viram foi um homem,
que talvez achava-se invencível, ridicularizando e menosprezando um adversário que
manteve-se focado e com a extrema seriedade que a luta exige, manteve-se focado
o tempo todo, aguardando por uma chance, uma única chance para acabar com o
circo que nosso “herói” montou. Não podia dar outra coisa, foi ate engraçado e
prazeroso ver aquele cruzado de esquerda entrando e deixando nosso invencível de
olhos vesgos, caindo e levando uma seqüência que em mortais seria fatal. É Anderson,
acredito que todos naquela noite dariam tudo para saber o que se passava na sua
cabeça enquanto estava lá, estendido no chão tonto, com um arbitro te perguntado
“quantos dedos você ver aqui?”, ah esqueci de citar o nome do novo e merecido
campeão CHRIS WEIDMAN, assim mesmo, em negrito e
letras maiúsculas, maiúsculas como sua vitoria. Nesta luta, Anderson virou
vilão aos olhos do mundo inteiro, e meu caro, como sempre, o vilão sempre perde
no final, e perde feio.
“Deboche e desrespeito ao extremo” foi essa frase que li em
todos os sites de noticias de noticias nessa madrugada, o deboche agora vai ser
nosso lutador rever o vídeo da sua luta e ate ver um dente voando na hora de um
fabuloso cruzado de esquerda. Mas vejamos o lado bom, apenas um cara invencível
como Anderson Silva acordaria após uma seqüência de socos como aquela,
descobrimos que apanhar ele sabe.
Por Rafael Araujo.
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